Outro dia eu fui no shopping buscar uma calça que deixei para fazer baínha e acabei indo pro cinema com ela (a calça)
Eu não fazia a menor idéia do que eu iria ver, mas entre ver o novo filme do Borat e o Gi-Joe, nome que nuca me pareceu superior ao bom e velho “Comandos em ação”, acabei resolvendo assistir “Arraste-me para o inferno”.

Minha metodologia de escolha do filme foi simples: O cartaz mais legal leva minha bufunfa de 15 reais e cerca de duas horas da minha existência.

Olha que tosco: Fui descobrir que o filme é do criador de “Evil dead” nos créditos!

O filme é legal. (veja, legal é diferente de bom, que é bem diferente de ótimo) Com alguns sustos maneiros que me divertiram (por ver uma menina que gritava como se estivesse sendo possuída a cada susto, ao lado do namorado emo, que desmunhecava feio a cada aparição da velha, que por sua vez é de longe a melhor atriz do filme, hehehe)
Pra falar a verdade, acho que as cenas dos espectadores dentro da sessão que eu estava foram tão ou mais interessantes que o filme.

Tirando os exageros que só podem ser propositais, é um filme que mistura bem humor e terror, como dificilmente conseguimos ver. Não achei que chega aos pés do Evil Dead, (uma noite alucinante) que consagrou Sam Raimi, mas dá pra ver umas referências veladas do Evil nele, como numa cena em que uma xícara ri de forma histérica.

O que mais me impressionou e arrisco dizer que foi bastante enriquecedor, foi perceber a importância do som numa obra de terror. O chato é que lá pelo meio você já sabe que quando o som ambiente da cena começa a baixar de volume, vem uma marretada com toda força nas suas orelhas.
Bom, eu não faço nem idéia do que a crítica deve falar deste filme, mas a julgar pelo que eu vi, devem estar metendo o pau. Mas não sei. Talvez os críticos tenham conseguido perceber alguma intenção em certas papagaiadas, exageros tão toscos que não tem como serem erros meramente acidentais. Eu achei que é um tipo de tentativa de trazer uma irreverência meio anos 80 para o gênero do filme de medo.

O chato de ver filme de “terrir” é que eu sempre saio com vontade de fazer um filme de terror, no melhor estilo Glauber Rocha, embora reconheça que cinema é coisa séria, um negócio caro e que não deve ser encarado apenas como “uma câmera na mão e uma idéia na cabeça”.
Eu voltei para casa pensando nisso, nessa coisa de fazer filmes para fazer as pessoas sentirem medo. Não deve ser fácil, embora certamente exista uma metodologia no cinema do medo.

Falando em cinema do medo, resolvi elencar aqui os dez filmes que mais me deram medo na vida:

1- A profecia
2- O exorcista
3- O bebê de Rosemary (não sei porque, talvez pela interpretação da Mia Farrow)
4- A volta dos mortos vivos
5- Sexta feira 13 (como eu vi todos, não lembro qual deles foi. Acho que é o segundo.)
6- Exterminio
7- Os outros
8-A vila poltergeist
9- Sexto sentido
10- O chamado

Menção honrosa: Pague para entrar e reze para sair

Nenhum comentário:

Postar um comentário